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11 de out. de 2010

No Jardim das Flores Suicidas II.

O pequeno e determinado universo
Se expande e se desfaz ao nosso redor
À medida que se multiplicam as possibilidades

O sol em nossas mentes
Parece querer nós queimar

Às vezes,
A imensidão do céu parece querer nós engolir

Beba, beba meu amor!

Beba do vinho e coma da carne
Antes que o Devir transforme tudo
Em lembranças insípidas

Tente sentir o calor de minhas mãos
Antes que o desejo se desfaça
Na incerteza dos motivos,
Na confusão das palavras
(Frigidas freiras atordoadas)

Pois a verdade é uma hóstia
A se desfazer no semi-árido do tempo


Escrito originalmente em uma aula de língua grega, no dia 10 de setembro de 2010.

1 comentários:

Rafael Bernardino disse...

Li algumas de suas obras e tenho gostado do que vi...
Abraço!