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19 de jan. de 2010

O canto dos impávidos.

Me elevo com tal glória e tanto,
Que a coluna que edifico para o meu ego
Se desfaz
Em lagrimas
De
Açúcar.

Pois se é doce o gosto da vitoria,
É também frágil
A primeira
Chuva.

E que tantas outras chuvas venham.
Porque é dos cacos
De tantos céus que vi cair,
Que faço um caminho de diamantes
Para caminhar.

E eu poderia sair agora pelo mundo;
Correr pelas ruas descalço
E sentir os cacos perfurarem meus pés.

Amar e beber
Todo esse sangue
Que banha o meu corpo
E me torna cada vez mais vivo e sedento
Por caminhos nus
E terras virgens.

3 comentários:

Luciane Bueno disse...

Belo poema!! Ele nos redime. Realmente nos refazemos dos caquinhos e tornamo-nos gloriosos, como os diamantes.

IXR disse...

Sim..."E que tantas outras chuvas venham. Porque é dos cacos de tantos céus que vi cair, que faço um caminho de diamantes para caminhar"...lindo, meu amigo.

Anônimo disse...

Muito belo caro amigo , Tão quão insinuações intrisecas de entranhas em sonhos que adentram nossas intensidades .

Fascinante poema.

Peregrinador das Ilusões