
Eu quero beber uma garrafa etílica de palavras
De um único gole
(litros e litros de locuções des-semânticadas)
Desengasgar este nó de silêncio
Ao mesmo tempo que me embriago de gritos
Por que o que me dói no estômago
É este vazio de versos que me preencham os pulmões
Que me sufoquem os pensamentos
Que me tirem o folego
E que me façam crer por um único instante
(enquanto recito-os em voz trêmula)
Que pode existir algum tipo de perfeição e beleza na vida
Em cada versinho... em cada universo que trazem recolhido dentro deles
Estou a ler Memórias do Subsolo, do Dostoiéviski, e hoje sinto ímpetos de sair e me embriagar de álcool e cigarros.
2 comentários:
hoje eu quero apenas que o céu possa resistir à própria queda por mais alguns anos...
lerei mais vezes o seu poema, que parece um poema bonito, paixão na escrita e no escrito... ando lendo Dosto outra vez, jogando com esse que parece ser, como me disse O Senhor Poeta, um duplo.
abraços Rafael.
Continue a ler "Dosto". A perfeição existe. Seu poema a comprova.
Lindo post!!!!!! Parabéns!!!
Um abraço
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