Angelo Bronzino, Triunfo de Vênus, 1450-5(fragmento)
E o poeta se joga
Do alto do fim
Do primeiro verso
Despenca todo poema
E cai em cima do ultimo
Ponto final
Ele não quer mais
Respirar locuções
Não quer mais se alimentar
De rimas
Ele quer se enforcar
Em cada palavra
Morrer sufocado
Por silêncio.
Escrevi isto hoje de manha, mas na verdade trago este nó por dentro desde ontem (e você sabe porque!). Sinto vontade de acabar com TUDO, mas, por covardia, vou acabando com isto aqui: de que me vale tanto dizer, se o mais importante é sempre silêncio?